Não é preciso mais comentários, pá.
É autoexplicativo, pá.

terça-feira, 28 de abril de 2015
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Supremo interesse
Acabadinha de sair de um vídeo sobre regime de reprodutividade biopolítica, chego a esta notícia, numa espécie de "ou seja", de "por outras palavras" para esta episteme que é "the uterus must be controlled by power". Mesmo o útero de uma criança violada é uma fábrica biopolítica que coloca algumas pessoas a darem cambalhotas argumentativas como esta «A diretora do departamento de pediatria do Hospital de Santa Maria, Maria do Céu Machado, disse ao CM que "num sentido geral prevalece o princípio ético de proteger o supremo interesse da criança". E quando existem duas crianças, "é necessário proteger o interesse de ambas".» Ou seja, por causa de um "sentido geral", "um princípio ético" e um "supremo interesse da criança" faz-se o que não tem o mínimo sentido, o que é eticamente escabroso e em nome de um interesse inexistente contra uma criança que existe e que foi vítima de uma violação e que o será de novo... pelo estado.
segunda-feira, 20 de abril de 2015
domingo, 12 de abril de 2015
A morte de uma guerrilheira
Caiu em combate dia 6 de Abril Viyan Peyman que tinha gravado esta música sobre a defesa de Kobané dois meses antes. Longa vida ao povo curdo e à sua coragem.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
segunda-feira, 30 de março de 2015
Farkhunda, mulher afegã
terça-feira, 24 de março de 2015
Um dos dilemas da manipulação psicológica
Pode durar meses ou anos, mas numa fração de segundos podemos compreender que não há mais infinito. No post “o nosso fado é outro”, conita riot mostra como o vídeo/canção “cansada”, promovido pela SIC e pela APAV, reitera, sem questionar, as dinâmicas viciosas que existem entre opressor e vitima. A letra e a sua representação versam tanto sobre a violência como a resignação da mulher, quando aquilo de que a vitima precisa é de energia, soluções e lucidez diante da manipulação psicológica de que é alvo. Porque a violência, muito antes de ser física, é psicológica. E essa é difícil de ser cantada.
Um dos dilemas da manipulação psicológica é que não a vemos chegar. Ela é exímia e vem devagar, tão devagarinho que debilita pouco a pouco com a doçura da poesia na qual se apoia. O tempo é a variável chave de dominação, porque a felicidade está ali já ao virar da esquina. Mas ela não está dependente do ritmo da tua passada, mas daquele que possui o cronómetro. A caminhada pode durar meses ou anos, mas como a felicidade está ali tão pertinho de nós, podemos esperar, tolerar, aguentar qualquer coisinha. E é nesse compasso de espera, em que aguentas, pois claro que aguentas, que as piores manipulações ocorrem. Tu dizes que os factos são verdes e dizem-te que isso são vulgaridades vermelhas. Tu dizes que os factos são vulgaridades e dizem-te que isso não é real. Tu enches o peito para dizer que o que se está a viver é um facto e dizem-te que tu não compreendes o que se está a viver.
Questionas assim a tua inteligência e sensibilidade ao amor que nos surpreendeu um dia e que afinal é assim tão raro. Bonitas palavras enchem essa espera, embora cruéis no seu pragmatismo, elas são românticas porque a felicidade está ali mesmo ao virar da esquina. Toda a gente sabe à nossa volta que esse compasso de espera não tem fim e que essa felicidade te é vendida a baixo preço, porque já expirou. Mas ainda assim, esperamos, esperamos, esperamos até que o inferno comece a dobrar-nos e nos ponha de joelhos, a implorar a felicidade que estava ali aos nossos pés. Mas numa fração de segundos compreendeste ou podes compreender que a espera não é obrigatória e que a felicidade pode estar ao virar da esquina, sem que ela tenha de ser cronometrada por alguém a não ser por ti mesma.
Um dos dilemas da manipulação psicológica é que não a vemos chegar. Ela é exímia e vem devagar, tão devagarinho que debilita pouco a pouco com a doçura da poesia na qual se apoia. O tempo é a variável chave de dominação, porque a felicidade está ali já ao virar da esquina. Mas ela não está dependente do ritmo da tua passada, mas daquele que possui o cronómetro. A caminhada pode durar meses ou anos, mas como a felicidade está ali tão pertinho de nós, podemos esperar, tolerar, aguentar qualquer coisinha. E é nesse compasso de espera, em que aguentas, pois claro que aguentas, que as piores manipulações ocorrem. Tu dizes que os factos são verdes e dizem-te que isso são vulgaridades vermelhas. Tu dizes que os factos são vulgaridades e dizem-te que isso não é real. Tu enches o peito para dizer que o que se está a viver é um facto e dizem-te que tu não compreendes o que se está a viver.
Questionas assim a tua inteligência e sensibilidade ao amor que nos surpreendeu um dia e que afinal é assim tão raro. Bonitas palavras enchem essa espera, embora cruéis no seu pragmatismo, elas são românticas porque a felicidade está ali mesmo ao virar da esquina. Toda a gente sabe à nossa volta que esse compasso de espera não tem fim e que essa felicidade te é vendida a baixo preço, porque já expirou. Mas ainda assim, esperamos, esperamos, esperamos até que o inferno comece a dobrar-nos e nos ponha de joelhos, a implorar a felicidade que estava ali aos nossos pés. Mas numa fração de segundos compreendeste ou podes compreender que a espera não é obrigatória e que a felicidade pode estar ao virar da esquina, sem que ela tenha de ser cronometrada por alguém a não ser por ti mesma.
Ver letra da canção aqui.
domingo, 22 de março de 2015
As 72 virgens no paraíso terão caído de uma barca assim?
Um escritor dos nossos dia, estudioso da cultura do centro da Europa, fazedor da cultura do centro da Europa.
"Com uma insistência amável, Newesklowsky detém-se repetidamente, no seu livro, no "Moidle-Schiff", sobre a alegre barca de 150 raparigas suabas e bávaras que o duque Karl Alexander de Wurttemberg enviara em 1719, depois da paz de Passarowitz, para os oficiais subalternos que ficaram como colonos alemães em Banato, a fim de que estes pudessem tomar mulher e enraizar desse modo uma presença suaba em Banato, que deveria tornar-se um dos capítulos centrais da história da civilização da Europa sul-oriental. Esta barca com 150 raparigas, cujas numerosas virtudes desembarcadas foram tema de tantos Lieder, seria uma embarcação ideal para se fazer esta viagem, sem sobra de pressa ou até desejando não chegar nunca".
Cláudio Magris, Danúbio, Biblioteca Sábado, 2009, p.58
segunda-feira, 16 de março de 2015
The strength of Critique: Trajectories of Marxism–Feminism
- Congresso Internacional
- 20 March 2015 22 March 2015 Berlim
More than 40 years ago, feminists among Marxists in many
countries spoke out. They criticized the concept of labour that was then
commonly used in Marxism, they criticized value theory, views on domestic labour
and the family, the way of dealing and interacting with each other and with the
nature around us, on the economy and wars, visions of the future and the urge
for liberation.
- They triggered passionate debates – their criticism wasn’t totally ignored. But the work they have carried out on an international scale is far from complete. For some decades feminist Marxist debates subsided because neoliberalism, stumbling from one crisis to another, had brought other issues into focus.
- In March 2015, we intend to pick up the threads. Many of those voices – and many who have since joined – will come together at a congress in order to investigate what has been left undone. We will discuss successes and defeats as well as new projects with the intention of finding out together what has been gained so far, what we need to continue working on, what new issues are on the agenda, and how we can bundle our energies to achieve worldwide resonance to our demand to intervene.
Rosa Luxemburg Stiftung
Franz-Mehring-Platz 1
10243 Berlin
sexta-feira, 13 de março de 2015
Espaços Públicos alternativos
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