quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Arte e Feminismo & WikiD Edit a Thon Lisboa 2015



Em 2011 a Wikimedia Foundation realizou um inquérito sobre quem editava  na Wikipédia e descobriu que menos de 10% dos seus contribuintes se identificava como feminino. Enquanto as razões para esta discrepância entre géneros pode ser um assunto de debate, o seu efeito prático é objectivo.  A falta de participação feminina na produção de artigos na Wikipedia gera uma distorção nos conteúdos disponíveis, o que representa uma ausência alarmante na construção deste repositório de partilha de conhecimento cuja importância é cada vez maior.  Os problemas de género na Wikimédia encontram-se bem documentados. (inquérito em + informação)
É neste contexto que surge Arte e Feminismo & WikiD | Edit a Thon Lisboa 2015, encontro que conjuga numa só 1ª edição os dois eventos que se realizam  em Nova Iorque dias 7 e 8 de Março: Art+Feminism Edit-a-Thon no Museum of Modern Art dia 7 e  WikiD –Women Wikipedia Design organizado por ArchiteXX dia 8.
Lisboa alia-se deste modo a mais de 30 cidades ao realizar este encontro global de edição na Wikipédia focada em assuntos relacionados com arte, arquitectura e feminismo. Queremos ajudar a mudar a situação. Quer colaborar e participar? Faça parte.
Haverá um workshop de inicio à edição na Wikipédia, materiais de referência, debate e uma sessão colectiva de edição. Traga o seu laptop, ficha para ligação à corrente, ideias e artigos para entradas na Wikipédia a precisar de edição ou para novas entradas a serem criadas. 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015


"Tomada de manhã com água mineral previne reacções vagais"
 

Aníbal, vai lá cortar o cabelo ao Fígados enquanto eu trato disto.


Duas páginas facebook desativadas


A Interpolação voltará em breve ao facebook... agora vamos ouvir umas óperas.

https://www.youtube.com/watch?v=jyiLscCyJ98

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Don’t be sorry. To close misogynist shops is our deepest desire (English version)


Politics is out on the streets.

As laying and as being.

A shop that, at its entrance, adopts a misogynist discourse, performs a political gesture: it intervenes in the public space with a narrative of exclusion not so different from the segregationist logics that we thought were long past. 

False. They are here, now, in Lisbon, Portugal. In a high income area, trendy, young, hipster and full of retro stuff smelling like retro shit.



Since the misogynist political gesture is made in the public space, its responsibility is public. Meaning that not to react, not to resist to the message and its significations, not to show the inadmissibility of such a message and such a signification is pure collaborationism. Collaborationism with systems of gender exclusion, on one hand, and with systems of political exclusion, on the other. Not to intervene against the misogynist gesture amounts to allow such a gesture. It amounts to perform such a gesture because it accepts its existence as normality, as legitimacy.


We don’t admit it.


We wanted to shit on such a shitty discourse. Perform (after all, we're talking about gender, aren’t we?), without persuasion reveries. Within such an antagonism (and with barber animals like those ones), one cannot persuade, because illegitimacy is not convincible. Illegitimacy won’t chat with us and, after all, we don’t even have a word to say to it, besides a long bark. That's exactly what we did yesterday. We performed dogs (they are allowed in, they say). We sniffed, barked, made sex with other people’s legs, jumped and played with hairdressing instruments. We got to know that the barbers have baseball bats, ready to react to a physical violence that they would deserve. After some threats, violent pushes, destruction of a video and slang screaming we left as quickly as we got in. They walked down the street with the bats, looking for the bitches to kick their asses in a fascist old-fashioned way.


This is just the beginning.


Watch the video of the action One is not born, but rather becomes, a dog here



sábado, 21 de fevereiro de 2015

Don't be sorry. To close misogynist shops is our deepest desire.



A política está nas ruas. 
Está. É. 
Uma loja que, na sua porta, adopta um discurso misógino, faz um gesto político: intervém no espaço público com uma narrativa de exclusão não muito diferente das lógicas segregacionistas que pensávamos terem ficado lá atrás, no passado.
Falso. Estão aqui, agora, em Lisboa. Em zona chique, de ar trendy, jovem, hipster e retro-coiso a tresandar a retro-merda.

Uma vez que o gesto político misógino é feito no espaço público, a responsabilidade perante o mesmo é pública. Ou seja, não reagir, não resistir à mensagem e ao sentido, não demonstrar a inadmissibilidade de tal mensagem e sentido em espaço público é puro colaboracionismo com sistemas de exclusão de género, a um nível, e com sistemas de exclusão política num sentido lato. Não intervir contra o gesto misógino é permitir o próprio gesto misógino, é realizá-lo porque admite que exista enquanto normalidade, enquanto legitimidade. 

Não admitimos.

Queríamos ajavardar um discurso javardo, performar (afinal estamos a falar de género, não?), sem devaneios de persuasão. Num antagonismo desta natureza (e com animais deste tipo), não se persuade, porque a ilegitimidade não se convence. A ilegitimidade não se vai pôr a conversar connosco até porque, à ilegitimidade, não temos nada a dizer a não ser um prolongado latido. Foi o que fizemos hoje. Fomos performar cães (esses podem entrar). Cheirámos, ganimos, sexualizámos pernas alheias, saltámos e brincámos com sofás, cadeiras giratórias e instrumentos de coiffure. Ficámos a saber que têm paus do tipo de taco de basebol, como quem está preparado para reagir ao que mereceria, e, depois de ameaças, empurrões, destruição do vídeo que estavámos a fazer da acção e "caralhadas" contra as ditas "ressabiadas" (ressabiados incluídos), lá saímos tão depressa como entrámos. Diz que desceram a rua do alecrim com as ditas armas de arremesso à procura da matilha de putedo para enxertos de porrada à moda do fascismo retro-coiso.

Mas isto é só o início.    

Não se nasce Cão - Riot feminista em Lisboa

Há uma barbearia na rua do Alecrim que não permite a entrada a mulheres, só a cães. Vai daí um bando de cadelas foi lá visitá-los hoje.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Landscaping, feminismo como paisagem

Vale a pena ver Landscaping, um documentário da brasileira Valentina Homem sobre o feminismo como filosofia política e um modo de ser - através da perspectiva de quatro feministas em três países: Índia, Holanda e Brasil. 

Este filme está integrado no projecto Feminism: Speak Up! creado por Valentina Homem e Angela Collet.

Ver aqui 

A propósito de uma barbearia chamada Figaro´s


Ver aqui sobre a dita cuja o artigo não aconselhável.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

No Church In The Wild







Seguir o endereço para a conferência de Jack Halberstam, No Church in the Wilde - a estética da anarquia: https://vimeo.com/119136027


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A brutalidade do amor



Mexico, 1953

Quando eles me disseram que tinha de amputar a perna, isso não me afectou tanto como eles pensavam (...). Isso não alterou em nada a minha dor e tu sabes disso, é quase uma condição imanente do meu ser.  

(...) Escrevo-te para anunciar que te liberto de mim, amputo-te de mim, sê feliz e nunca mais tentes ver-me. Não quero ter noticias tuas ou que tenhas noticias minhas. Se realmente me apetece algo antes de morrer é nunca mais ser tentada a ver a tua horrível fronha a pairar em torno do meu jardim.

Ver carta completa de Frida Kahlo a Diego Rivera aqui (em francês)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

How’s Life? Relatório OCDE 2013

Gender differences in well-being: Can women and men have it all?

Gender equality in well-being is not simply a women’s issue. While traditional disadvantages faced by women and girls persist in most countries, men and boys are increasingly exposed to uncertain job prospects and need to adapt to changing tasks and societal expectations. Although men continue to score higher than women in a number of areas, no gender consistently outperforms the other and the gender gaps in well-being have being narrowing in recent decades. Whilst women live longer than men, they are also ill more often. Girls are now doing better than boys in school, but still remain under-represented in the key fields of education that provide greater job opportunities. Similarly, although women are increasingly present in the labour market, they still earn less than men, spend more hours in unpaid work and find it harder to reach the top of the career ladder or start their own business. Men are more often the victims of homicide and assault, but women are the primary target of intimate partner violence. Finally, although women are more satisfied with their lives than men, they are more likely to experience negative emotions. Despite progress in mainstreaming gender perspectives in the collection and dissemination of national statistics, gender data and indicators are still insufficient or lack cross-country comparability in a number of critical well-being areas.