Acabadinha de sair de um vídeo sobre regime de reprodutividade biopolítica, chego a esta notícia, numa espécie de "ou seja", de "por outras palavras" para esta episteme que é "the uterus must be controlled by power". Mesmo o útero de uma criança violada é uma fábrica biopolítica que coloca algumas pessoas a darem cambalhotas argumentativas como esta «A diretora do departamento de pediatria do Hospital de Santa Maria, Maria do Céu Machado, disse ao CM que "num sentido geral prevalece o princípio ético de proteger o supremo interesse da criança". E quando existem duas crianças, "é necessário proteger o interesse de ambas".» Ou seja, por causa de um "sentido geral", "um princípio ético" e um "supremo interesse da criança" faz-se o que não tem o mínimo sentido, o que é eticamente escabroso e em nome de um interesse inexistente contra uma criança que existe e que foi vítima de uma violação e que o será de novo... pelo estado.
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